Jornal Voz do Triângulo

Licitação para Coffee Break nas Secretarias de Iturama Gera Revolta na População

A Prefeitura de Iturama/MG publicou um edital de licitação que tem gerado forte indignação na população e entre autoridades locais. O certame, registrado como Pregão Eletrônico nº 003/2025, destina-se à contratação de empresa para fornecer coffee break, lanches e refeições para suprir as necessidades das secretarias municipais.
O problema? A lista de itens revela uma despesa que, na visão de muitos, não condiz com a realidade de um município que enfrenta desafios financeiros e estruturais.
O que está sendo contratado?
De acordo com os documentos do processo licitatório, estão previstas quantidades exorbitantes de lanches, incluindo:

  • 3.000 cafés da manhã, cada um contendo três pães de queijo, três broas e bolachas de nata;
  • 2.500 coffee breaks do tipo 1, com quatro pães de queijo e 200g de salgadinhos fritos;
  • 2.500 coffee breaks do tipo 2, com quatro pães de queijo e 200g de salgadinhos assados;
  • 2.000 lanches x-salada, contendo pão, hambúrguer, mussarela, tomate, alface e milho;
  • 700 de brioche ou lua de mel, com uma média de 35 a 40 unidades por quilo.
    A licitação também prevê a compra de cachorros-quentes em três versões diferentes, mistos-quentes, lanches naturais, rocamboles e até mesmo lanche de mortadela.
    Despesas desproporcionais diante das necessidades reais.
    A quantidade de alimentos especificada no edital levanta questionamentos sobre a real necessidade desse gasto e se o município de Iturama pode arcar com esse custo sem comprometer áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
    Segundo especialistas em administração pública, licitações para serviços de coffee break costumam ser justificadas para eventos institucionais, cursos e reuniões. No entanto, o volume dessa contratação extrapola qualquer justificativa razoável.
    População indignada
    A divulgação da licitação rapidamente repercutiu nas redes sociais, com cidadãos expressando revolta diante do que consideram um gasto desnecessário e incompatível com as prioridades do município.
    “Enquanto falta remédio nos postos de saúde, a Prefeitura quer gastar dinheiro com salgadinho e cachorro-quente? Isso é um absurdo!”, comentou um morador indignado.
    Outro cidadão questionou a falta de transparência sobre quem realmente será beneficiado com esses lanches. “Quem realmente vai comer esses lanches pagos com o nosso dinheiro?”, disse um comerciante local.
    A sociedade espera que a transparência e o bom uso dos recursos públicos prevaleçam, garantindo que o dinheiro da população seja aplicado de forma responsável e justa, e não em lanches e coffee breaks que levantam mais dúvidas do que benefícios concretos para a cidade.

*DIRETO DA REDAÇÃO*

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